WWW.CARDIOESSENTIALS.COM.BR
Domingo, 13 de março de 2022
Essa avaliação se dá através de um conjunto de dados:
-Avaliação da função sistólica (fração de ejeção) e é nesse caso considerado o método padrão ouro.
-Avaliação de isquemia miocárdica, pelo método de perfusão miocárdica, que tem acurácia elevada, sendo superior em alguns estudos à cintilografia SPECT e igualmente ao PET-CT.
-Avaliação de fibrose miocárdica, em técnica conhecida como pesquisa de Realce tardio.
Também é possível avaliar outras doenças do coração como por exemplo a miocardite a miocardite é uma doença inflamatória do músculo cardíaco (e que pode também acometer o pericárdio), através de reale tardio e outras técnicas modernas como mapas multiparamétricos. É causada principalmente por vírus (e nesse momento de pandemia a causa mais de frequente é a miocardite pós Covid), mas também pode ser decorrente de outros microrganismos como bactérias fungos, substâncias como álcool e até medicamentos (quimioterápicos).
Outras indicações menos comuns são avaliação de doenças cardíacas congênitas (ex CIA, CIV, Tetralogia de Fallot dentre outras) e nesse caso a ressonância é extremamente relevante pois é o método que não utiliza radiação ionizante; e avaliação das cardiomiopatias não isquêmicas (como cardiomiopatia hipertrófica, sarcoidose, amiloidose).
Uma pergunta que é sempre comum é: a ressonância magnética é segura?
A resposta é sim, alias muito segura.
Devemos ter atenção a dois fatores: o primeiro são alterações da função renal e nesse caso existe o risco potencial de desenvolvimento de uma doença chamada nefroesclerose sistêmica, doença extremamente rara e que pode acometer pacientes com função renal deprimida; outro fator que deve ser avaliado é a presença de dispositivos de metal, tais como aparelho de marca-passo, implantes metálicos, e até mesmo tatuagens que contém pigmentos de ferro. Esses elementos em contato com aparelho de ressonância aumentam o risco de queimaduras, movimentos de objetos em qualquer direção e até mesmo falha de dispositivo como um marca-passo.
A avaliação pré exame desses fatores é extremamente importante, e em sua maioria é capaz de identificar os pacientes que têm potencial de risco daqueles que podem realizar o exame de maneira segura.
